Pequenos Pecados

Palavras, actos, fotos e omissões

07 novembro, 2009

debaixo de olho

Nesta nova legislatura terei debaixo de olho e farei marcação cerrada a 4 deputados(as) de quatro partidos:
À Assunção Cristas porque é do meu partido;
Ao Pacheco Pereira porque... porque sim! O meu asco ao Pacheco Pereira não cabe neste texto;
À Rita Rato porque é a deputada mais gira que já entrou no Parlamento (sim!, mais gira do que a Joana Amaral Dias!);
À Inês de Medeiros, porque se ninguém puser cobro à onda dos "famosos que querem tacho", qualquer dia temos de levar com o Pedro Abrunhosa na A.R. (e na bancada do PS!).
Quanto ao outro partido que aqui falta, dedicarei a devida atenção aos seus deputados quando alguém os amarrar a um bloco de cimento e os largar no meio do Atlântico.

Desde puto que acho que em termos de opinião há três tipos de pessoas:
- os que dizem o que pensam;
- os que dizem o que os outros querem ouvir;
- os que dizem o que lhes mandam dizer;
Eu, com tudo o de fodido que isso acarreta, pertenço ao primeiro grupo.
Não é nada de que me orgulhe particularmente... simplesmente sou assim, e aprendi a viver com essa virtude/defeito. É como o nome ou a data de nascimento - "está lá" e não se muda - assume-se e aprende-se a viver com isso.
Dizer o que penso ao longo de 35 anos já me custou muitas coisas: afastei família, espantei namoradas, perdi amigos... mas pelo menos deito-me de consciência tranquila por ser honesto comigo e por dizer o que penso, sem nunca prostituir a minha razão ou opinião.
Se morresse hoje, diria que gostava de ter tido família, namoradas e amigos que tivessem tido comigo a mesma honestidade que eu tive com eles. Como não vou morrer hoje, digo apenas: "fodam-se todos!".

Tudo isto vem a propósito da entrevista do Medina Carreira publicada no Expresso.

26 outubro, 2009

you2 ou UTube ?

Nem o Elvis, nem os Stones, nem o Michael Jackson... são os U2 os primeiros a dar um concerto em directo para (quase) todo o mundo através do YouTube.
Portugal não estava incluído nos países "autorizados" a ver... mas eu ESTOU (neste preciso momento) a ver!
Para além do facto do concerto em si, estou de boca aberta pelo streaming quase perfeito da transmissão - qualidade brilhante, apesar dos milhões de pessoas que estarão ligadas ao mesmo tempo. Será de certeza um recorde de acessos ao mesmo tempo ao YouTube, e será recorde por muito tempo.
Obrigado à Exame Informática pela "dica" sobre como ver o concerto.
Ao fim de meia hora, a expectativa para o dia 2 de Outubro de 2010 multiplicou-se por 100.
Obrigado Ana, pelo bilhete!

18 outubro, 2009

60 dias

60 dias:
calado e a ouvir;
a viver e a aprender;
a sentir...
60 dias:
com vergonha do resultado das eleições;
com nojo deste país de merda;
com ódio deste "povinho" acomodado;
60 dias:
e mais de 5000 quilómetros neste interminável Alentejo;
e gente nova que entrou na minha vida;
e coisas, sítios, cheiros e sabores que eu não sabia que exitiam;
60 dias sem posts, resumidos a 15 fotos... porque estar calado ou ausente, não é o mesmo que estar morto... quanto mais não seja, tenho respirado pela objectiva da máquina!

NP, Alter do Chão, Agosto 2009

NP, Fronteira, Agosto 2009

NP, Fronteira, Agosto 2009

NP, Alter do Chão, Agosto 2009

NP, Fátima, Agosto 2009

NP, Évora, Setembro 2009

NP, Alvito, Setembro 2009

NP, Évora, Setembro 2009

NP, Avis, Setembro 2009

NP, Alvito, Setembro 2009

NP, Alvito, Setembro, 2009

NP, Marvão, Outubro 2009

NP, Marvão, Outubro 2009

NP, Marvão, Outubro 2009

NP, Portalegre, Outubro 2009

19 agosto, 2009

dia mundial da fotografia





















NP, Fronteira 2009

14 agosto, 2009

Lisa Ekdahl

Ela tem um inglês terrível, só comparável ao francês do Mário Soares.
Ela tem uma maneira esquisita de falar, semelhante ao porta-voz do PS, João Tiago Silveira.
Ela tem um fetiche inexplicável por chapéus e outras merdas para cobrir a cabeça.
Mas mesmo assim...!!
Termina aqui a minha associação aos ABBA sempre que ouço falar na Suécia.
Chama-se Lisa Ekdahl, já actuou em Portugal e para não variar eu não vi. Abençoada internet!

Definição prévia:
Liberdade de expressão - conceito cada vez mais dúbio e cinzento no nosso país por causa dos tiques de venezuelismo do grande líder do conselho de ministros, e que convém não deixar esquecer só porque se aproximam as eleições!!

Ser verdadeiramente livre é poder emitir juízos e opiniões com base na experiência e habilitação própria sem se sentir minimamente pressionado ou com medo de ser prejudicado no emprego ou na carreira; medo de ser mal-olhado quer pelos pares que se têm medo do ricochete político, quer pelos ímpares que sentem as orelhas quentes; medo de ser excluído da lista de "comentadeiros" políticos por criar um mal estar garantido em S. Bento no dia seguinte.
Há muitos poucos homens e mulheres verdadeiramente livres em Portugal. Felizmente, de vez em quando podemos ouvir um deles na televisão: Medina Carreira.
Para ouvir do princípio ao fim!

10 agosto, 2009

Super Taça

Cá vai um post de futebol, assim como quem não quer a coisa, até porque não sou muito de fazer posts sobre futebol, mas anda por aí uma doença (anual e vulgar nesta altura do ano) designada por "benfiquite".
Não é que tenha medo de ficar doente (estou vacinado desde puto contra essa merda!) mas a adrenalina que me sobe aos tomates com a conquista de mais um título, associada a esse febre que por aí anda de que "este ano é que vai ser", justifica o post.
E quando digo " sobe aos tomates" significa que a absorção do título faz-se em duplicado (pelos dois colhões, como diria a minha gente invicta, sem preconceitos ou falsas vergonhas!).
Vejamos:
- por um lado (um colhão - pode ser o esquerdo), um título é um título - Super Taça...!
Nunca lhe dei grande importância. É mais uma "fruteira" para exibir na sala dos troféus.
Faz bem ao ego clubístico; mantém o nosso ritmo de vencedores; mostra aos novos jogadores contratados como se faz; e cima de tudo, é um excelente arranque para a época que se aproxima.
- por outro lado (agora o colhão direito), mostra o que é vencer a sério - é um título oficial! Não é um joguinho de pré-época, para treinar ou aquecer; não é um torneiozinho do tipo "Eusébio Cup" em que a equipa adversária "faz o jeito" nos penaltis para a coisa não parecer mal!
Essa tal febre que por aí anda, propagada pelos média (principalmente pela SIC), associada ao tal "mestre da táctica" (isto é mesmo para rir!) que nunca ganhou nada está a abrir o apetite para a época que se aproxima - quanto mais querem que eles ganhem, mais gozo nos dá ganhar-lhes!
Eu, que agora até levo isto do futebol a brincar (reflexo da idade), estou mortinho pelo início do campeonato... a sério! Tenho saudades de gritar "golo", e acima de tudo, tenho saudades de dar um risinho irónico entre-dentes a qualquer lampião que tenha o azar de se cruzar comigo à segunda-feira... Já me habituei a isso, e como sabemos, o homem é um animal de hábitos!

Afixado na parede de uma agência de branding, numa rua perdida de Évora.
Li, reli e voltei a ler.
Depois fotografei!


Este circo montado á volta do funeral do Solnado faz-me alguma comichão... Enquanto o velho andou a amargurar e o povo se ria dos "puta que pariu" do parolo Fernando Rocha, das taralhoquices dos Gato Fedororento e do humor incompreendido dos Contemporâneos, ninguém se lembrou dele.
Mas de repente a guerra de audiências entre a RTP e a TVI, magicamente, transforma o gago mais conhecido no país num herói nacional e somos obrigados a levar com directos do cortejo funebre durante a tarde toda como se de um chefe de estado se tratasse.
É claro que depois disto, começo a pensar no circo que vai ser montado quando o Camilo de Oliveira, a Simone ou o Eusébio se "passarem para o outro lado". Dasss!
Quando isso acontecer, das duas uma: espero estar longe daqui ou viver o momento à distância de uma mega-ressaca como foi quando a Amália ou o J.P. II quinaram! Senão, não há pachorra!

20 julho, 2009

40 anos da peta americana

O ser humano tem a capacidade fantástica de acreditar tanto numa coisa até ela se tornar real. Por vezes é o amor que tolhe o raciocínio e leva a acreditar; noutras vezes a fé inabalável em qualquer coisa que não levanta qualquer dúvida; noutras ainda, pode ser "apenas" a maior mentira de sempre - como por exemplo, a alunagem de há 40 anos atrás - porque se quase toda a gente diz que é verdade, então é porque deve ser!
Aliás, neste campo, por todo o mundo o lema é o mesmo: se deu na televisão, então é verdade. Essa "verdade" começou com Georges Méliès e teve o expoente máximo com Stanley Kubrick.
A net é fértil em teorias de conspiração, e este assunto é apenas mais um desse campo. Mas há coisas que não podem ser ignoradas, e quem tem dois dedos de testa e espírito científico tem por obrigação questionar... questionar sempre, questionar tudo, questionar todos, até não haver qualquer margem de dúvida cíentífica. E eu não tenho essa certeza, porque 2+2 são sempre 4, seja na Terra ou na Lua... e há demasiadas coisas que não batem certo.
http://www.youtube.com/watch?v=97Ap4-IsIFI
http://www.afraudedoseculo.com.br/index.htm

19 julho, 2009

A ode do bandido

Na primeira leitura em diagonal não dei grande importância ao artigo publicado no Expresso com o título " O D'Artagnan da Revolução" - artigo sobre a morte de Palma Inácio.
Um passar de olhos inicial pelas "gordas" (uma espécie de preliminar sexual que gosto de ter na leitura do Expresso) não afigurava nada de especial em termos de matéria.
Porém, uma leitura atenta à noite, já no conforto doméstico, provoca-me um desconfortozinho nos fígados e vontade de esbofetear o primeiro canhoto apoiante do bicho se assombre à esquina da rua!
Mas o que é isto?!?
Como é que em pleno 2009 democrático e europeu se vangloriam em página inteira de jornal as façanhas de um terroristazinho (mais uma para o meu dicionário pessoal!), que entre outras maluqueiras, foi o líder da "Operação Vagô", que desviou um avião da TAP para lançar panfletos de propaganda política sobre Lisboa, e da "Operação Mondego" - um assalto à agência do Banco de Portugal da Figueira da Foz que rendeu 30 mil contos?
Mas está tudo parvo ou quê? O gajo era um bandido!
Parece que afinal, a pouca vergonha que havia na nossa sociedade... agora é nenhuma!
Pisquei os olhos 3 vezes, levantei-me, fumei dois cigarros e voltei a ler... "Fodasse! É mesmo um texto a vangloriar o bicho!".
E como se não bastasse - pimba! - um textinho de opinião do João Soares, amiguinho do bandido, cheio de linhas de tristeza porque o dito cujo não teve direito a uma pensão do Estado Português. Oh!! Porque terá sido?!
Nesse tal texto de opinião podem-se ler pérolas como esta: " O Palma era um homem bom. Um homem de honra, e também um homem honrado. Assaltou bancos, desviou aviões (que eu saiba foi nessa matéria um percursor mundial), empunhou armas (mas nunca fez mal a uma mosca), fugiu de prisões."
Ou seja, assaltar bancos e desviar aviões é motivo de honra! O artolas andava armado mas era só para condizer com a roupa, porque nunca fez mal a uma mosca! Só falta dizer que a fusca era de plástico!
Depois de ler isto, aguardo com expectativa o texto do João Soares em defesa dos irmãos Cavaco, do extripador de Lisboa, do Manuel Subtil e do Wellington Nazaré - todos eles, homens honrados de acordo com a filosofia soarista/terrorista.
Claro que há os ignóbeis canhotos que defenderão até a morte bandidos como este e outros iguais ou piores (como o bombista/terrorista Otelo Saraiva de Carvalho), resguardando-se sempre atrás do "legítimo" combate ao regime, validando o "vale-tudo-bandido" desde que esteja de acordo com a razão deles.
A seriedade política mede-se não só pelas acções tomadas mas também pelas causas defendidas. E quem defende um bandido, só pode ser também um bandido.
Em qualquer lado civilizado do mundo, o apoio a terroristas, bandidos ou assaltantes de meia tijela (mesmo pós-mortem) é inaceitável... em Portugal, dão-se-lhes páginas de jornal em jeito de glorificação com comentários e opiniões de outros iguais a eles!
Aos meus turtis, peço-lhes: Quando eu quinar, escrevam nos jornais sobre os meus feitos heróicos contra este regime. Se o Sócrates ganhar as próximas eleições, prometo que antes de morrer assalto um banquito cá na terra, meto umas bombas em qualquer lado e se conseguir ainda desvio uma avionetazita e largo uns panfletos sobre Beja, com propaganda sobre a próxima tour tertuliana! Se não conseguir nada disso, ao menos falem dos finos que eu bebia!
Se assim for, depois de eu morrer haverá quem diga que eu era um bandido, mas aos olhos do João Soares, eu serei um homem honrado!

18 julho, 2009

Em sintonia!

“Uma garrafa de vinho faz muita companhia”

(lido/gamado no Teatro Anatómico)